sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


Quando chega a hora de acender as luzes
O desejo de todo crente é de que, uma vez que já conhecem a Jesus pela fé, é de um dia poderem contemplá-lo em sua glória. A fé faz com que vejamos em Jesus, Verbo feito carne, a divindade testemunhada pelo Espírito Santo. A fé ilumina o corpo e alma de quem crê; por isso, ninguém pode viver sem a fé, dom gratuito de Deus.

 Temos, no entanto, por conta de nosso batismo, de procurar que as pessoas não percam Deus de vista. É um esforço que deve ser feito para que reconheçam o tesouro, e o dom que possuem. A isso, poderíamos denominar como a busca da própria fé, da luminosidade de Cristo dento do coração humano.

E quando é que saberemos qual a hora de acender as luzes? Primeiramente temos que entender que nossas lâmpadas uma vez acessa deve ser alimentada para que sua chama nunca se apague.

A primeira vez em que acendemos a chama de nossa fé, é no dia do batismo. Por esta graça .  sacramental recebemos a fé, a luz que guiará os nossos passos. E a partir deste momento somos responsabilizados para que em toda e qualquer circunstância, nossa luz esteja acessa.

Quando se acende uma luz, se faz no intuito de clarear, de dissipar a escuridão e voltar a enxergar as coisas tais como elas são, e não como se apresentam na penumbra da sombra. Então, essa luz vai gerar no ser humano, outro dom, o conhecimento, o desejo natural pela verdade, e isso está implícito em cada ser humano, pois, “(..) o homem tem de procurar a verdade; ele é capaz da verdade” (Bento XVI, Luz do Mundo).
Deve-se acender a luz quando sentir que sua fé está se esvaindo, quando está caindo no abismo da solidão provocada pela autossuficiência e egoísmo. A falta de fé abre um abismo no coração humano. Aquele que renega a fé, ou seja, não acende a sua luz, quer ser só ele no mundo, sem necessitar de Deus.

Não é próprio de nossa cultura manter as lâmpadas com óleos, mas sabemos que se não a abastecermos a luz faltará, como bem ensinou a Beata Teresa de Calcutá: “Para manter uma luz acesa é preciso estar constantemente colocando óleo nela”.  Este óleo, hoje para nós, é a caridade, a oração continua a Deus, e a vida sacramental. Vivendo essas experiências tem-se a certeza de que as noites longas e frias, que trazem muitas vezes, insegurança, serão dissipadas. Imagine o desespero quando a luz se vai e nada mais resta a não ser esperar que ela retorne, trazendo de novo alegria; como o desejo de ver um novo sol quando cai a noite, como o desejo do nascimento do sol, vem também o desejo de um novo tempo, nascido da espera do homem pela luz.

A verdadeira Luz manifestou-se ao mundo, tão simples que os obscurecidos pelo ódio não o reconheceram. Cristo, luz sem ocaso, brilhou no mundo, numa noite fria, mas carregada de esperança. Seguindo a luminosidade de um astro, homens vieram adorar o Senhor, a fim de que uma vez tendo encontrado pudessem dar testemunho aos seus irmãos; pudessem torná-Lo conhecido e adorado, assim como fizeram.

Esta é a hora de acender a nossa luz. A hora em que iniciamos um novo ciclo na existência, com a passagem de um ano para o outro. Deus permita que nessa passagem cada um possa deixar para trás tudo o que poderá apagar em seu coração a chama do luz do amor  de Deus. E tendo-O recebido na noite santa do Natal, conserve pelos longos dias que virão.

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